domingo, 9 de junho de 2013

Como você se sente?

Apenas uma pergunta, que pode demonstrar interesse, empatia...  Isso faz toda a diferença para quem é perguntado. Saber que o outro se importa ou perceber a clara oportunidade de falar sobre suas emoções pode fazer "milagres".  Isso nós  já sabíamos.  O interessante é ver o resultado de recente pesquisa feita nos Estados Unidos corroborando esse conhecimento empírico.




"O simples ato de descrever um sentimento como a raiva pode afetar positivamente a resposta fisiológica do organismo a ele. É o que mostra um estudo publicado nesta quarta-feira, no periódico Plos One.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: The Effects of Measuring Emotion: Physiological Reactions to Emotional Situations Depend on whether Someone Is Asking

Onde foi divulgada: periódico Plos One

Quem fez: Karim S. Kassam e Wendy Berry Mendes

Instituição: Universidade Carnegie Mellon e Universidade da Califórnia, São Francisco, EUA

Dados de amostragem: 102 moradores da cidade de Cambridge, nos EUA

Resultado: Os participantes que foram levados a sentir raiva e depois responderam um questionário sobre seus sentimentos apresentaram um aumento menor dos batimentos cardíacos, em comparação àqueles que responderam o questionário neutro
A pesquisa foi realizada com 102 moradores da cidade de Cambridge, nos Estados Unidos. Os participantes tiveram que cumprir uma difícil questão matemática, acompanhados por um instrutor. Esse instrutor foi orientado a falar com os participantes sobre suas performances de modo a deixar parte deles sentindo raiva e o restante, vergonha. No final, parte dos participantes respondeu a um questionário sobre seus sentimentos e o restante, a outro com perguntas neutras e sem relação com estado emocional.
Entre as pessoas que sentiram raiva, aquelas que responderam a perguntas sobre seus sentimentos apresentaram uma resposta fisiológica (avaliada na mudança de frequência cardíaca) diferente de quem respondeu a questões neutras. A resposta natural do corpo ao sentimento de raiva provoca o aumento da frequência cardíaca e eleva o fluxo de sangue ao cérebro e aos principais músculos do corpo. Porém, os participantes do estudo que sentiram raiva, mas que se expressaram a respeito de seus sentimentos, apresentaram um aumento menor dos batimentos cardíacos em comparação àquelas que responderam o questionário neutro. 
As pessoas que foram levadas a sentir vergonha, porém, não apresentaram diferenças fisiológicas significativas.
Para os autores, os resultados mostram que perguntar às pessoas sobre suas emoções pode ter um impacto significativo em sua resposta fisiológica, e esse impacto depende do tipo de sentimento que está sendo vivenciado no momento. “Efeitos de medição existem nas ciências – o ato de medir alguma coisa frequentemente modifica propriedades daquilo que está sendo medido. Nós sugerimos que emoções não são uma exceção”, escrevem os autores no artigo que descreve os resultados obtidos.
Karim Kassam, um dos autores do estudo, conta que, para ele, o mais impressionante foi como uma ação tão simples pôde causar um impacto significativo. “Nós só perguntamos às pessoas como elas estavam se sentindo e isso teve um impacto considerável em sua atividade cardiovascular”, afirma."

Fonte: Veja

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Solidão a dois.

Já dizia o poeta....






E de repente você olha em volta e se vê só. Mas só apenas na alma....  Existem várias pessoas ao seu redor, várias pessoas povoando a sua vida, várias pessoas compartilhando algo.....  Mas e daí?  Você está só....

Tudo começa devagarzinho....  Sem você perceber, vem e toma conta.  Estar solitário mesmo se relacionando com pessoas é mais comum do que se possa imaginar.  Em um relacionamento amoroso então, nem se fala!  Muitas vezes por medo de ficar sozinhas, as pessoas continuam mantendo uma relação que já não fala mais ao coração.  Muitos se perguntam: “Ficar sozinho à essa altura do campeonato?”; “Começar tudo de novo?”; “Como encontrar alguém nesse mundo?”; “Ir pra balada novamente?”; Não tenho mais paciência pra isso.....”.
Realmente, “tudo muda o tempo todo no mundo”e por isso mesmo, ou pela dificuldade em aceitar as mudanças que a vida naturalmente nos impõe, é que ficamos sós ainda que acompanhados.
Quantas vezes já estivemos em uma relação ou soubemos de conhecidos que permanecem em uma relação tentando resgatar aquela paixão do início do relacionamento? Incontáveis vezes....  Acontece que aquela paixão já foi, até porque aquele “nós”já foi também. 
É fundamental que possamos aceitar que nossos relacionamentos mudem com o passar dos tempos tendo em vista que nós mudamos também! E, nesse ínterim, reaprendermos a nos amar e amar ao outro também a cada dia. Só que por vezes é bastante complicado aceitar as próprias mudanças. E talvez essa pessoa diferente que nos tornamos a cada instante seja justamente àquela que queremos evitar fugindo do contato conosco, fugindo de ficarmos a sós conosco, fugindo dessa intimidade. Estamos em transformação a cada momento de nossas vidas. Pra melhor? Pra pior?  Não dá pra saber se não experimentarmos a mudança, se não arriscarmos.  A única certeza (por vezes veementemente negada) é a de que somos potencialmente diferentes a cada dia.

E aí então lutamos contra as evidências do dia a dia para manter a ilusão; ilusão de estarmos em um relacionamento afetivo satisfatório, ilusão de estarmos nos relacionando verdadeira mente com nossos parentes, amigos.  Tudo bem, somos livres para escolher a vida que desejamos ter, ou pelo menos o modo de levar nossa vida, mas há um preço a se pagar.  Nesse caso o preço é a solidão a dois; a forma mais dolorida de se viver esse sentimento. Porque quase sempre vem carregada de mágoas, decepções e muitas vezes também por um sentimento de desadaptação e fracasso recheado de pensamentos automáticos disfuncionais a cerca de si e do mundo que só fazem nutrir crenças e esquemas desadaptativos, que por sua vez vão gerar mais pensamentos disfuncionais, mais solidão, mais fracassos em relacionamentos e assim por diante.

Amor? Sexo? Necessidade? Carência? Comodismo? Companheirismo? Parceria? Medo? O que mantém sua relação? 

Como quebrar esse ciclo vicioso?  Em princípio pode parecer muito difícil, impossível até.  Mas com o autoconhecimento, na medida da reformulação de suas crenças a cerca de si mesmo e do mundo, com a ampliação da capacidade de auto gerenciamento e autorregulação de suas vontades, com a conscientização do seu funcionamento e como transformá-lo, é possível enxergar sim uma saída no sentido da reconfiguração dessa maneira de se relacionar.


Aí então, e só aí, a solidão pode ser até mesmo ser uma escolha!

domingo, 19 de maio de 2013

Trabalho X Pânico

Se você se identificar de alguma forma com uma dessas histórias abaixo, CUIDE -SE!  O Pânico, a Depressão, a Síndrome de Burnout podem ser incapacitantes, mas há como evitá-los ou pelo menos ficar atento aos indicativos dos exageros no trabalho que podem levar ao surgimento dessas patologias.

Procure um Psicólogo.



"Paulo tinha acabado de assumir a posição de Gerente Financeiro de uma grande empresa. Passados menos de três meses, dado o stress em que se encontrava, uma certa manhã quando chegou na empresa para trabalhar e estacionou seu carro, travou. Simplesmente não conseguia sair do carro, nem mesmo tirar as mãos do volante. Ficou lá quase uma hora, até que notaram que havia algo de errado com ele. Foi removido por paramédicos, medicado e afastado do trabalho. Duas semanas depois, pediu demissão.
Márcia era gestora de uma empresa de serviços. Seu ritmo de trabalho aumentou significativamente depois de uma fusão com outra empresa. Certo dia, Márcia surtou. Largou bolsa aberta, computador ligado, chaves do carro em cima da mesa, agenda e tudo mais. Pegou o elevador e saiu vagando pela rua, no meio dos carros, em uma grande avenida de São Paulo. Foi acudida por colegas, que viram que algo não estava bem. Pouco tempo depois, deixou a empresa.
José é médico. Durante o período em que trabalhou em Porto Alegre, estava numa das fases profissionais mais intensas de sua vida. Um dia, no meio do ritmo alucinado de plantões, atendimentos e grupos de estudo, se sentiu mal no final da tarde, com um pouco de febre. Cancelou suas atividades naquela noite e foi para a cama. Dia seguinte, acordou ótimo. Trabalhou intensamente o dia todo, e no final da tarde, febre e mal-estar novamente. No terceiro dia seguido dos mesmos sintomas, foi procurar ajuda. Descobriu que estava com leptospirose, mas seu ritmo o havia impedido de perceber sintomas em si mesmo que seriam relativamente óbvios para um médico. Mudou drasticamente o ritmo, se tratou, saiu de Porto Alegre.
Claudia era representante de vendas e estava no auge de uma temporada muito concorrida de metas e desafios. Foi ao banco para sacar dinheiro depois de um dia especialmente difícil. Saiu do banco, entrou no carro e… branco total. Não conseguia lembrar onde era sua casa, qual seu telefone, qual o celular do marido. Ficou dentro do carro, soluçando, muito nervosa. Horas depois, o marido ligou preocupado para o celular dela e notou que nada estava bem. Com jeito e cuidado, começou a perguntar onde ela estava, o que tinha à sua volta, etc. Conseguiu encontrá-la e foram para casa. Dia seguinte, médico, medicação tarja preta e afastamento do trabalho por meses. Algum tempo depois, mudou de emprego.
Bernardo era gerente de uma empresa do segmento de entretenimento do Sudeste. 2ª feira de manhã, chegando em Congonhas com seu chefe para uma bateria de reuniões, desabafou nervosamente que precisava muito ir ao banheiro (para o “número 2”), pois se não fosse naquele momento, não iria mais. Na verdade, ele só ia ao banheiro uma vez por semana, na 2ª feira de manhã…
Todas as histórias acima são absolutamente verdadeiras. Apenas troquei os nomes, segmentos de atuação das empresas  e eventuais localidades, para proteger a anonimidade de seus protagonistas. São testemunhais que mostram aonde podemos chegar com o desequilíbrio causado pelo trabalho, com o stress, com a ansiedade excessiva, com o descontrole, com o pânico.
Trabalho deve ser fonte de satisfação, de renovação, de crescimento, de aprendizado, de remuneração. O trabalho nos faz melhores, úteis, atuantes. Nos molda, nos direciona, nos socializa, nos impõe desafios, vitórias, derrotas, aprendizado. Uma vida com trabalho é uma vida melhor, mais produtiva, com mais significado. Mas quais os limites para o trabalho e seus excessos?
Me refiro aos limites humanos mesmo. A Sindrome de Burnout, descrita pelo médico americano Herbert Freudenberger em 1974, resume o quadro como esgotamento físico e mental. Burnout, em inglês, significa esgotamento, destruição total pelo fogo (segundo oMichaelis). Não tem jeito: chega um ponto em que todos nós, profissionais ensandecidos (mas seres humanos), podemos simplesmente ser apagados, como velas. Seja por defesa do organismo, seja por ultrapassagem total dos limites. O fato é que podemos pifar.
O stress tem um lado bom (eustress), que nos provoca, nos coloca na ponta dos cascos, nos estimula e nos põe em alerta. Neste cenário, somos mais produtivos. Mas há o lado ruim (distresse) que traz o cansaço, o esgotamento, o torpor, o isolamento, a baixa produtividade.
Temos, no cenário atual de mercados cada vez mais competitivos, duas dimensões fundamentais na seara corporativa relacionadas a este assunto: a dos profissionais e a das empresas.
Os profissionais precisam aprender a reconhecer seus limites, a buscar mais equilibrio entre sua vida pessoal e profissional, a cuidar da alimentação, a combater o sedentarismo, a criar tempo de qualidade com a família, a se desconectar da tecnologia fora do trabalho. Precisam ser mais produtivos no trabalho justamente para poderem ter mais tempo fora do trabalho. Ao buscarem este equilíbrio (que é muito difícil, e portanto, um desafio diário e perene), se renovam, descansam intelectual e fisicamente, e se tornam inclusive mais produtivos no trabalho. E um ciclo virtuoso pode se iniciar.
Já a perspectiva das empresas é dupla: primeiro pela necessidade de oferecer um ambiente minimamente saudável para seus colaboradores, que respeite os limites humanos e promova o equilíbrio entre produtividade e qualidade de vida. Isto tem impacto na retenção e atração de talentos, a médio/longo prazo. Se a motivação não for verdadeira pelas pessoas, ou mesmo motivada por uma posição de destaque nos diferentes rankings de melhores empresas para trabalhar, que seja financeira. Pois é fato que as empresas estão perdendo dinheiro ao passarem do ponto de exigência de seus colaboradores. Os custos são crescentes e ligados a afastamentos médicos, absenteísmo, presenteísmo (baixa produtividade de quem está ativo no trabalho), turnover, custos de treinamento, custos de atração de novos profissionais, passivos trabalhistas, majoração de custos variáveis como o SAT e os planos de saúde corporativos, entre outros.
Assunto espinhoso este do stress, quando analisado pela perspectiva do excesso, do abuso, dos limites ultrapassados. Muito se fala em qualidade de vida e bem estar, dentro de uma ótica de mimos ou objetos decorativos nos ambientes das empresas para desestressar os colaboradores. Mas é preciso ir muito além disso. Precisamos de iniciativas e estratégias sustentáveis dentro das empresas, de políticas reais e valorizadas pelas organizações, de respeito rotineiro, tangível e sustentável pelos profissionais, pelas pessoas.
Para que os Paulos, Márcias, Josés, Claudias, Bernardos e tantos outros, de tantas outras historias e testemunhais que sigo coletando sobre o tema, possam ter no trabalho a realização, a remuneração, o respeito e o resultado que merecem.
Em suas vidas profissionais e pessoais"

Fonte: Exame.com




sexta-feira, 17 de maio de 2013

Transtorno do Pânico










Cada vez mais comum nos dias de hoje, o Transtorno de Pânico vem paralisando e trazendo enorme prejuízo a vida de milhares de pessoas.
Fique atento aos sintomas que podem se confundir com os de outros transtornos.  O diferencial é que nada orgânico acontece com a pessoa acometida por esse transtorno que pode passar anos vagando por emergências hospitalares até que seja feito o diagnóstico acertado.

"O Transtorno ou Síndrome do Pânico caracteriza-se pela ocorrência de ataques de pânico inesperados e recorrentes.
Os ataques de pânico, ou crises, consistem em períodos de intensa ansiedade e são acompanhados de alguns sintomas específicos. Os mais comuns são taquicardia, sensação de falta de ar, dificuldade de respirar, formigamentos, vertigem, tontura, dor ou desconforto no peito, despersonalização, sensação de irrealidade, medo de perder o controle, medo de enlouquecer, sudorese, tremores, medo de desmaiar, sensação de iminência da morte, náusea ou desconforto abdominal, calafrios ou ondas de calor, boca seca e perda do foco visual."

O Transtorno do Pânico tem tratamento.