segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


Feliz olhar Novo

FELIZ OLHAR NOVO

Carlos Drummond de Andrade


O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.

O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA.

Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais...

Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?

Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho? Quero viver bem.

O ano que passou foi um ano cheio.

Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal.

Às vezes se espera demais das pessoas. Normal.

A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor machucou. Normal.
O próximo ano não vai ser diferente.

Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personali-dade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é sabedoria!

E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!

Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim...

Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria três, a dos colegas. Ou mude de classe, transforme-o em conhecido. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.

O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE!

Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.

Desejo para todo mundo esse olhar especial.

O próximo ano pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.

O próximo ano pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... pode ser puro orgulho!

Depende de mim, de você!
Pode ser. E que seja!!!
Queridos amigos,

Este blog estará de recesso até 02/2012.
Agradeço a todos pelas visitas e comentários.
Aproveito para desejar a todos Boas Festas e revelar que teremos muitas novidades no ano que está para começar!!

Aguardem...............


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Envelhecimento e Síndrome de Down

Matéria fantástica! Vale a pena ler!




Envelhecimento e Síndrome de Down

Fato: aprendizado envolve afeto.


Valorizar experiências pessoais dos alunos aumenta aprendizado
Educadores devem considerar que o cérebro humano funciona de maneira única em cada estudante; aproximar pedagogia e neurociência pode significar melhoria da qualidade de ensino


Não basta entender como se aprende, é preciso descobrir a melhor forma de ensinar. Há décadas, a psicologia, amparada pela neurociência, difunde que quando um aluno que se sente afetivamente protegido é desafiado a aprender, ocorrem mudanças físicas e químicas em seu cérebro, o que facilita o acolhimento e a reconstrução de informações. 


A pedagogia neurocientífica, como denominam alguns pesquisadores, pode ser compreendida como o estudo da estrutura, do desenvolvimento, da evolução e do funcionamento do sistema nervoso com enfoque plural: biológico, neurológico, psicológico, matemático, físico e filosófico. Nessa equação complexa, processos químicos e interações ambientais se aproximam e se complementam, propiciando aquisição de informações, resolução de problemas e mudanças de comportamento. Na prática, a aproximação entre as neurociências e a pedagogia pode reverter em melhoria da qualidade de ensino para milhares de estudantes. 


Os benefícios são bem-vindos – e necessários. Afinal, a realidade é preocupante. Levantamento do Ministério da Educação revela que 20% dos brasileiros entre 15 e 19 anos são analfabetos, o que representa 12% da população brasileira. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Brasil tem o sétimo maior contingente de analfabetos do planeta. Mais que mapear o cérebro, desvendar meandros de seu funcionamento, compreender fluxos e refluxos de neurotransmissores, acompanhar dinâmicas complexas e transformar passos da resolução de um problema em modelos matemáticos, observar e diagnosticar, pesquisadores de diferentes segmentos estão interessados nas implicações sociais da aquisição de conhecimentos que possibilitem a inclusão de milhares de crianças, adolescentes e adultos – e não apenas no que diz respeito à quantidade de pessoas com acesso à escola, mas também levando em conta a qualidade da educação 
oferecida.


O cérebro humano, porém, não possui nenhum módulo automático que permita o domínio de práticas como a leitura, a escrita ou o cálculo. O aprendizado é sempre um processo único, que envolve afeto. Por isso, conhecer a história do aluno e tratá-lo como sujeito único pode mudar o rumo de sua vida. É fundamental valorizar suas experiências



segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Projeto brasileiro visa aumentar a longevidade da população

Projeto brasileiro estudará DNA de idosos saudáveis para aumentar longevidade da população






"O código genético daqueles que conseguiram chegar a oito décadas de vida, em um ambiente tão hostil quanto São Paulo, tem muito a nos dizer sobre como podemos aumentar nosso tempo de vida"
Mayana Zatz, geneticista da USP

O DNA de idosos que chegaram com boa saúde aos 80 anos poderá ajudar futuras gerações a viver mais - e bem. O Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH), da Universidade de São Paulo, está catalogando o código genético de pessoas saudáveis com mais de oito décadas de vida. A ideia é montar um banco de dados que possa servir de comparação com o genoma de pessoas mais jovens. Batizado 80+, o projeto foi apresentado pela geneticista brasileira Mayana Zatz durante a Fapesp Week, em Washington, nos Estados Unidos.

Segundo o geneticista Kevin Davies, em poucos anos o sequenciamento de DNA deve se tornar tão corriqueiro quanto tirar um raio-X. O fundador do periódico britânico Nature Genetics disse ao site de VEJA que, até 2014, um milhão de pessoas terão o genoma sequenciado. "Vamos detectar milhões de mutações que podem ou não desencadear doenças", disse. "Quanto mais pessoas tiverem o DNA sequenciado, mais variações desconhecidas encontraremos", acrescentou.


O que é genoma?


"O genoma é toda a informação hereditária de um organismo. Ele pode ser entendido como se fosse o disco rígido de um computador. Dentro dele ficam as pastas, ou cromossomos. Dentro de cada cromossomo ficam os arquivos, ou genes. Os genes são responsáveis por desencadear características e comportamentos do organismo, desde resistência a certos remédios ou o desenvolvimento de doenças. O Projeto Genoma, concluído em 2003, identificou onde ficava cada um dos três bilhões de "arquivos" dentro das 46 pastas — ou cromossomos — do código genético humano. Agora, os especialistas estão trabalhando para saber qual é a função de cada um dos genes"

"Se encontrarmos uma mutação no indivíduo jovem que também esteja presente no grupo dos '80+', ou seja, de idosos saudáveis, teremos uma indicação de que a alteração tem poucas chances de desencadear uma doença", disse Mayana. "Contudo, se for uma mutação que não está presente no banco de dados - ou seja, não se manifestou em idosos saudáveis - pode ser algo que o indivíduo tenha que discutir com seu médico."

Atualmente, o CEGH já tem o genoma de 400 pessoas com mais de 80 anos e saudáveis, a maioria da capital paulista. Os cientistas querem chegar a 1.000 indivíduos. Para isso, eles contam com a ajuda da Faculdade de Saúde Pública de São Paulo, que colabora com os dados demográficos de idosos que estão sendo acompanhados há 11 anos, e do hospital Albert Einstein, também da capital paulista, responsável pela análise de ressonância magnética cerebral dos voluntários e pelo transporte dos participantes. "Quando tivermos o sequenciamento de todos os indivíduos, os dados relevantes ficarão disponíveis para toda a comunidade científica."

Aplicações

Mayana deu o exemplo de doenças neurológicas que começam depois dos 50 anos, como o Alzheimer. "O banco de dados do '80+' é formado por pessoas que têm chances mínimas de desenvolver essas doenças, já que são saudáveis em uma idade mais avançada", disse a geneticista. "Se uma pessoa jovem fizer o sequenciamento do genoma, poderemos verificar se as mutações que ela tem são semelhantes às das pessoas saudáveis bem mais velhas. Isso vai dar uma resposta mais próxima do que pode acontecer com ela no futuro", disse.

O banco do 80+ também poderá ajudar a conhecer melhor doenças graves, como a que afeta o físico britânico Stephen Hawking, a esclerose lateral amiotrófica. "Hawking possui uma variante rara", disse Mayana. "Pacientes diagnosticados com a doença geralmente vivem entre dois e três anos." A geneticista conta que especialistas encontraram um gene associado à esclerose lateral amiotrófica em pessoas saudáveis. Ainda é preciso determinar se a alteração basta para desencadear a doença ou se ela fica adormecida e algum dia pode causar a manifestação dos sintomas. "As informações reunidas no '80+' vão ajudar a esclarecer se uma pessoal que é saudável tem mais ou menos chances de desenvolver a doença", disse Mayana.

O trabalho do CEGH também vai ajudar a medicina a entender melhor os mecanismos genéticos da longevidade. De posse do genoma dessas pessoas, os cientistas terão acesso às informações hereditárias que as ajudaram a viver mais e bem. "Apesar do ambiente também influenciar na longevidade de uma pessoa", disse Mayana, "o código genético daqueles que conseguiram chegar a oito décadas de vida, em um ambiente tão hostil quanto São Paulo, tem muito a nos dizer sobre como podemos aumentar nosso tempo de vida."


Fonte: Veja

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Relatório da ONU sobre crescimento mundial: dados sobre envelhecimento

Número recorde de jovens e idosos é desafio para países, diz ONU



O aumento de idosos nos países ricos afeta a economia; a expectativa de vida média é de 68 anos

O número recorde de jovens e idosos no mundo traz grandes desafios para governos de países ricos e pobres, diz um relatório da ONU sobre crescimento mundial divulgado nesta quarta-feira.

"Em alguns países pobres, as altas taxas de fertilidade minam o desenvolvimento e acentuam a pobreza, enquanto nas nações mais ricas, a preocupação é com a baixa fertilidade e o número reduzido de pessoas que entram no mercado de trabalho", afirma o relatório Situação da População Mundial 2011, divulgado nesta quarta-feira pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

Em países pobres, por exemplo, jovens desempregados migram das zonas rurais para as cidades ou para outros países onde as opções de emprego são melhores. E acabem deixando para trás familiares idosos que muitas vezes ficam sem o apoio que necessitam.

Já em nações mais ricas, o número baixo de jovens implica em incertezas sobre quem irá cuidar dos idosos no futuro e pagar benefícios como a aposentadoria.

Atualmente, as pessoas de 24 anos ou menos formam metade dos 7 bilhões de habitantes (sendo que 1,2 bilhão tem entre 10 e 19 anos) do mundo. Lidar com o alto índice de desemprego neste grupo é um dos grandes desafios apontados pelo relatório.
No auge da crise econômica, a taxa de desemprego global nessa faixa etária chegou aos níveis mais altos já registrados: de 11,9% para 13% entre 2007 e 2009. Em particular as mulheres jovens são as que encontram maior dificuldade em encontrar emprego.

Em algumas regiões, o desemprego entre jovens é tão alto que acaba tendo implicações sociais. Como exemplo, o relatório lembra que o alto índice de desemprego entre jovens árabes – que chegou a 23,4% - teria agido com uma espécie de fenômeno catalisador nas revoluções da chamada Primavera Árabe.

Altas taxas de gravidez entre adolescentes também preocupam pelo seu papel no crescimento desenfreado da população em determinadas regiões. O problema é mais grave na África Subsaariana e na América Latina e Caribe, de acordo com o relatório da ONU.

E ainda nos países pobres ou em desenvolvimento, deficiências no setor da educação, mediante o atual ritmo do crescimento populacional, podem criar sérias distorções sociais.

O relatório cita como exemplo a Índia: "Geógrafos e cientistas sociais estão céticos e questionam como tantos jovens vão estar prontos para terem vidas produtivas em uma economia cada vez mais sofisticada e complexa, quando mais de 48% das crianças indianas estão mal nutridas e apenas 66% completam o ensino primário".

Em muitos países ricos, a grande preocupação vem no sentido oposto, no encolhimento da população, que pode trazer sérias consequência para a economia e para a sustentação da Previdência Social.
A Finlândia, assim como outras nações europeias, o Japão e a Coreia do Sul, exemplificam bem esse problema.

Lá, as mulheres ficam no mercado de trabalho por muito mais tempo, adiando o casamento e a gravidez – ou mesmo decidindo por não ter filhos.

Para lidar com essa situação – que, segundo o relatório, talvez seja o mais grave dos problemas sócio-econômico da Finlândia – o governo vem investindo fortemente em programas para incentivar o aumento da natalidade.



Envelhecimento

Segundo o documento da agência da ONU, atualmente há 893 milhões de pessoas com mais de 60 anos no mundo. Até a metade deste século, este número vai praticamente triplicar, chegando a 2,4 bilhões.

A expectativa de vida média atual é de 68 anos, quando era de apenas 48 anos em 1950. O envelhecimento populacional está ocorrendo inclusive em países onde a renda da população é considerada baixa ou média.

"Todos os países – ricos ou pobres, industrializados ou ainda em desenvolvimento – estão vendo suas populações envelhecer em um grau ou em outro", afirma o documento, acrescentando que o crescimento populacional entre idosos será mais rápido que em outros setores da população pelo menos até 2050.




Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sexualidade do Idoso







Sexualidade e 3ª idade são dois temas repletos de tabus e de preconceitos.



A terceira idade é um período caracterizado por intensas mudanças físicas, emocionais e sociais, as quais, normalmente, afetam diferentes setores da vida, podendo levar às insatisfações diversas.

Com relação à prática sexual, apesar das possíveis limitações físicas e/ou emocionais freqüentes neste momento da vida, o ser humano possui condições de manter atividade sexual satisfatória, salvo em casos de doenças crônicas que impeçam uma atividade física. Isto é verdade, especialmente se tiver cuidado de sua saúde em geral, em fases anteriores.

O grande preconceito com relação ao idoso, portanto, diz respeito à idéia de que ele se transformou em um ser "assexuado" e de que sua vida sexual se resume às lembranças do passado. Essa idéia (falsa) é responsável por grande parte das recusas por tratamento para dificuldades sexuais na 3ª idade, o que pode gerar desvalorização do sexo em idade avançada, pela sociedade e, até mesmo, pelos especialistas.

Outro preconceito que a sociedade impõe diz respeito à diminuição do desejo sexual no idoso e, conseqüentemente, da freqüência de relações sexuais. A atividade sexual, ao contrário, ajuda a manter os órgãos sexuais saudáveis e não há nada de errado ou de vergonhoso em manter uma freqüência alta de relações sexuais nesta idade, se for desejo do casal.

O que em geral ocorre é que as necessidades vão se alterando com o passar dos anos: durante a vida adulta, várias relações sexuais podem ser necessárias para alguém se satisfazer, enquanto que, para o idoso, o mesmo grau de satisfação pode ser alcançado com menor número de relações sexuais. Também podem ocorrer impedimentos (físicos e emocionais), próprios de qualquer idade para liberação do desejo sexual, os quais merecem investigação e tratamento por especialista.

Com relação à ejaculação, também pode ocorrer durante toda a vida. Embora com o avanço da idade haja diminuição na quantidade de esperma expelido pela ejaculação e esse jato ejaculatório seja menos intenso do que foi em idades anteriores, isto não significa diminuição de prazer.

No caso das mulheres, as alterações hormonais comuns ao climatério e à menopausa são significativas, podendo gerar dificuldades sexuais. Havendo menor lubrificação vaginal, por exemplo, pode ocorrer dificuldade em atingir o orgasmo.

Com tratamento médico adequado e com maior atenção às preliminares e à qualidade das carícias, a idosa não deixa de ter interesse e prazer sexual, apenas deixa de ser fértil (não pode mais ter filhos).

Impedimentos emocionais, desencadeados por ocorrências externas comuns a esta faixa etária, também podem contribuir para o declínio da vida sexual na 3ª idade, como: morte do(a) parceiro(a), aposentadoria, distanciamento dos filhos, limitações físicas e mentais, preocupações econômicas e depressão. Nessas situações, a qualidade de vida sexual tende a decair; nada que não possa ser resolvido com apoio médico e psicológico adequados.

Concluindo, ainda precisamos cultivar o tão falado e pouco refletido "envelhecer com qualidade", que inclui:

1) cuidar (desde sempre) de fatores sabidamente prejudiciais à saúde geral;

2) perceber as mudanças do organismo e da mente como algo natural e esperado;

3) procurar ajuda do parceiro e/ou de especialista para o merecido exercício (saudável e prazeroso) da sexualidade na 3ª idade.
 
 
 
Fonte: Portal da Sexualidade

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Psicólogos nos Centros de Saúde


E em Portugal...



Psicólogos nos centros de saúde pode poupar dinheiro


Estudo salienta que medida pode levar à redução do consumo de antidepressivos




A existência de psicólogos nos centros de saúde pode poupar dinheiro, consultas, tempo de internamento e reduzir o consumo de antidepressivos, que aumentou mais de 50% na última década, defende a Ordem dos Psicólogos num estudo hoje divulgado.



De acordo com a agência Lusa, a Ordem estima que ter psicólogos nas equipes dos centros de saúde e hospitais pode «fazer baixar 50 por cento o número de consultas médicas, cerca de 70 por cento a frequência de hospitalizações» e reduzir o número de dias de internamento.



Se as políticas de saúde não tiverem estes dados em atenção, vai continuar um «desperdício insustentável» para o país, alerta a Ordem, que reclama dos decisores que «disponibilizem aos cidadãos formas de ajuda que não só são preferidas por estes como permitem a diminuição de custos e ganhos significativos de bem-estar».



No estudo salienta-se que a intervenção de psicólogos pode trazer resultados não só em doenças como depressão mas também em casos de doenças cardíacas - redução de «mortalidade e recorrência de 70 a 84 por cento» nos dois anos a seguir - e em alguns cancros, em que um psicólogo pode ajudar a melhorar o estado mental e a reduzir sintomas físicos.



A Ordem refere um aumento na utilização de 52 por cento de psicofármacos, especialmente antidepressores e antipsicóticos de 2000 a 2009, e salienta que esse aumento «pode significar que os tratamentos são mais prolongados do que o indicado» e estão a ser usados em situações em que haveria outras soluções.



Na avaliação que faz do período 2000-2009, a Ordem verificou que o consumo de «ansiolíticos, sedativos e hipnóticos» aumentou 11 por cento e que o uso de antidepressores quase triplicou.



O aumento (só entre 2004 e 2009 foi de 25 por cento) tem tendência para continuar e muitos dos medicamentos não existem em genérico, o que faz crescer ainda mais a despesa.



Para o Serviço Nacional de Saúde, as comparticipações com este tipo de medicamentos atingiam 22 milhões de euros em 2009, indica a Ordem.



Se os doentes consomem mais, é porque os médicos também passam mais, algo que a Ordem explica com «a alteração legislativa que permite a prescrição a todos os médicos», mesmo que não sejam psicólogos.



Segundo as orientações dos organismos de saúde internacionais, medicamentos como as benzodiazepinas (ansiolítico) não devem ser usadas por mais de quatro semanas no tratamento da ansiedade.



«Em caso de depressão ligeira, o aconselhamento psicológico pode ser suficiente» e eliminar a necessidade de medicamentos, o mesmo se aplicando a problemas de ansiedade, defende a Ordem.



Outra vantagem em ter psicólogos nos centros de saúde e hospitais é que a sua intervenção «custa praticamente o mesmo que uma baixa médica de um mês», mas permite «o regresso mais rápido ao trabalho».


Fonte: TVi 24

Hoje é o Dia Mundial da Saúde Mental

Dia Mundial da Saúde Mental: OMS pede mais investimentos em prevenção e tratamento




No Dia Mundial da Saúde Mental, lembrado hoje (10), a Organização Mundial da Saúde (OMS) cobrou mais investimentos em serviços de prevenção e no tratamento de doenças mentais, neurológicas e de distúrbios associados ao uso de drogas e outras substâncias.



De acordo com o órgão, a falta de recursos financeiros e de profissionais capacitados é ainda mais grave em países de baixa e média renda – a maioria deles destina menos de 2% do orçamento para a área de saúde mental.



Outro alerta é que muitos países contam com menos de um especialista em saúde mental para cada 1 milhão de habitantes, enquanto uma parte considerável dos recursos alocados no setor são destinados apenas a hospitais psiquiátricos e não a serviços oferecidos, por exemplo, na saúde primária.



“Precisamos aumentar o investimento em saúde mental e destinar os recursos disponíveis para formas mais eficazes e mais humanitárias de serviços”, reforçou a OMS. A estimativa é que mais de 450 milhões de pessoas sofram de distúrbios mentais em todo o mundo.



Na semana passada, durante reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou os avanços obtidos no Brasil por meio da reforma psiquiátrica, instituída por lei em 2001. Segundo ele, a quantidade de procedimentos ambulatoriais em saúde mental passou de 423 mil em 2002 para 21 milhões no ano passado.



Em junho de 2010, a Agência Brasil publicou a reportagem especial Retratos da Loucura. Em visitas a sete cidades brasileiras, a equipe procurou detectar os estágios em que as mudanças propostas pelo governo na área de saúde mental se encontravam.




Fonte: JB - Jornal do Brasil

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lei da "Palmadinha"

2ª Audiência sobre PL 7672/10 - Educação sem uso de castigos corporais será votada dia 5 de outubro



A 2ª Audiência Pública e votação de requerimentos sobre a prática dos castigos corporais ou de tratamentos degradantes empregados na educação de crianças e adolescentes no nosso país está agendada para o dia 5 de outubro, na Câmara dos Deputados. A Audiência Pública da Comissão Especial que está analisando o PL 7672/10 - Educação sem uso de castigos corporais foi discutida também no dia 27 de setembro, por uma comissão de 26 parlamentares presididos pela deputada Erika Kokay (PT-DF), que é coordenadora da Frente Parlamentar Mista dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente. A 2ª audiência está marcada para as 14h30, no Anexo II, Plenário 16 e contará com a participação de representantes das seguintes organizações:



ABMP - Associação Nacional de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude;

ANCED - Associação Nacional dos Centros de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente;

FNDCA - Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; e,

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria



Fonte:www.andi.org.br/

"Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.." - Como já diziam nossos avós!!

Vale a pena viver sem estresse? - Mente e Cérebro

domingo, 2 de outubro de 2011

Um pouco de Sartre

Um Referencial Filosófico










Jean Paul Sartre nasceu em Paris no dia 21 de junho de 1905 e faleceu em 15 de abril de 1980. Em seus 75 anos de vida dedicados a atividades acadêmicas, Sartre escreveu várias obras entre romances, peças teatrais e ensaios, partindo do estudo da fenomenologia de Husserl e do existencialismo de Heidegger e Jaspers, além da filosofia de Max Scheller e Soren Kiekegaard.



Dentre todas as suas obras, aquela que lhe trouxe fama foi “A Náusea” de 1938, que era um romance escrito sob a forma de um diário onde seu personagem principal descobria na monotonia da vida, o mistério metafísico do Ser: “Tudo é gratuito, o jardim, esta cidade, e eu mesmo; quando acontece da gente se dar conta disso, isso atinge a cabeça e tudo começa a flutuar, eis a náusea”. Este romance contém em suas páginas grande parte das posições filosóficas que Sartre continuaria a desenvolver durante sua vida.



Em 1943 publica sua obra magna, obra fundamental da teoria existencialista: “O Ser e o Nada”. Nesta obra Sartre aprofunda o seu pensamento no que diz respeito à consciência humana como sendo um “nada” em oposição ao Ser. A consciência enquanto “não-matéria” escapa a qualquer determinismo, “nadifica” seus objetos negando, por essência, as coisas em-si-mesmas. Postula também que precisamos essencialmente do outro para que possamos nos conhecer plenamente; o outro seria um “mediador indispensável entre mim e mim mesmo”, e esta relação seria permeada pelo conflito.



Sartre não foi o primeiro pensador existencialista, mas certamente foi o primeiro que assumiu esta condição. Dizia que sua filosofia era uma filosofia da existência posto que, em sua concepção, esta precedia a essência e não era pré-determinada por nada e nem por ninguém; o homem realizaria o próprio projeto de sua existência – você é o que você faz de si mesmo e não o que os outros fazem de você. E quando afirma que a existência do homem precede sua essência explana a idéia de um homem que se apresenta no mundo sem qualquer projeto pré-concebido. Desta forma, não havendo tal essência, todos são iguais e igualmente livres para se fazerem.



Condenado à liberdade; esta era uma das maneiras que Sartre via o homem. Tendo em vista que nada nem ninguém o pré-determinava, o homem não poderia desculpar-se nas circunstâncias, na paixão ou em qualquer outra coisa, pois nada o força a fazer o que faz; nem mesmo Deus, que desta maneira para Sartre,não existia. O homem está só e é, por definição, livre.



Em conseqüência disto, resta a esse homem livre e solitário, na medida em que se torna consciente desta condição, o sentimento de angústia. Angústia frente às conseqüências de suas decisões, frente a imprevisibilidade do próprio comportamento. Porém há uma situação em que este homem se coloca, para tentar escapar da ansiedade e desta angústia; fingindo. Fingindo que não temos liberdade de escolha, fingindo que não temos opção, fingindo que o meio em que vivemos é a causa de nossas atitudes, fingindo que as circunstâncias nos levam a determinadas decisões e escolhas. Desta forma, segundo Sartre, estamos agindo de “má fé”. A “má fé” não é mais nada senão a tentativa de fugir da liberdade. E o que queremos, em realidade, não enxergar numa situação dessas, é que não existe fuga possível da angústia de liberdade, pois a fuga da responsabilidade já é em si uma escolha. “Nenhum motivo ou resolução passada determina o que fazemos agora”; cada momento de nossas vidas requer uma escolha nova ou renovada, requer um não se deter, um arriscar-se, um comprometer-se, um envolver-se. Com este pensamento Sartre rejeita o determinismo psíquico postulado por Freud e a noção de inconsciente, pois até a suposta verdade de que temos conteúdos inconscientes seria de certa forma uma escolha consciente, ainda que em outro nível.



Dentro de todas essas premissas do pensamento deste filósofo do início do século XX, vemos claramente uma das bases filosóficas da Gestalt Terapia e muito de sua visão de homem. A idéia da Gestalt é a de que o homem é e existe como principal norteador de sua existência, responsável por sua vida e suas escolhas, e não aceitando atribuir culpas a passados deterministas. Somos o que escolhemos ser.



O existencialismo, bem como a Gestalt, fala de um homem singular, sendo e agindo de maneira única. Visto que não é determinado por uma essência, não há (e nem poderia haver) pré-conceitos ou pré-julgamentos e nem tão pouco desculpas. Com tudo isso, àquilo que a Gestalt Terapia se propõe é colocar o homem como autor de seu próprio projeto existencial, sustentado pela ação da liberdade, pela awareness, pela escolha responsável e pela responsabilidade por suas evitações, para que assim, este mesmo homem possa encontrar, através do ajustamento criativo ao meio e da auto-regulação, sua realização neste mundo pelo pleno desenvolvimento de suas potencialidades, capacidades, desejos.

A Gestalt pretende ser uma filosofia ou pedagogia de vida que valoriza o homem justamente em sua diferença, singularidade e aspecto relacional; daí sua perspectiva de enfatizar o processo em detrimento da busca de essências, o “como” em detrimento do “porquê” e o aspecto potencial transformador do homem em detrimento do determinismo passado da psicanálise de Freud, valorizando a experiência vivida e a awareness como tomada de consciência desta experiência atual, aqui e agora, reabilitando a percepção emocional e corporal. “O Ser só pode de fato, ser compreendido por ele mesmo através de uma experiência direta do seu ser-no-mundo”.



A visão existencial proposta pela Gestalt Terapia coloca a liberdade do homem como um de seus pontos principais, porém uma liberdade que não é absoluta, pois este homem está inserido em um mundo concreto que possui regras, normas. Esta abordagem terapêutica visa compreender a vivência de cada pessoa captando o seu modo de existir, o seu lugar no mundo, desenvolvendo uma perspectiva unificadora, integrando as faces sensoriais, afetivas, espirituais, sociais e intelectuais deste homem que terá sempre a liberdade de escolha, sempre algo a ser construído, sempre a possibilidade de modificar a história.













“O que fizeram do homem são as estruturas, os conjuntos significantes estudados pelas ciências humanas. O que ele faz é a própria história...” Sartre.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Autismo - Uma definição



O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como transtorno invasivo do desenvolvimento (TID).




Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de espectro autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo. Atualmente já há possibilidade de detectar a síndrome antes dos dois anos de idade em muitos casos.



Certos adultos com autismo são capazes de ter sucesso na carreira profissional. Porém, os problemas de comunicação e sociabilização freqüentemente causam dificuldades em muitas áreas da vida. Adultos com autismo continuarão a precisar de encorajamento e apoio moral em sua luta para uma vida independente.


Alguns sintomas comuns em crianças:

Não estabelece contado com os olhos


Parece surdo

Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente isso é completamente interrompido sem retorno.

Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros

Ataca e fere outras pessoas mesmo que não exista motivos para isso

É inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas.

Ao invés de explorar o ambiente e as novidades restringe-se e fixa-se em poucas coisas.

Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou balançar-se

Cheira ou lambe os brinquedos

Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente

Uma ótima notícia!!!

Sobre o Autismo


Criatividade para Crescer!!

Criatividade e Crescimento








Com o progresso do desenvolvimento, a criança adquire sucessivas habilidades, que por sua vez possibilitam sua maior inserção no mundo e uma maior autonomia para a percepção e satisfação de suas necessidades.



Quando nasce, o ser humano se encontra em total estado de dependência e o passar do tempo traz o seu desenvolvimento no sentido da busca por sua independência, autoconfiança e auto-estima elevada. Este seria o ideal de um indivíduo adulto e para tanto precisamos considerar com bastante cuidado as primeiras relações estabelecidas pela criança no seu trato social: família e escola.



Durante o processo de desenvolvimento sensório-psico-motor de um indivíduo, este enquanto organismo vivo, tende à expressão e atendimento de suas necessidades, sendo o caminho de sua saúde mental o relacionamento criativo com o meio em que vive para atingir os objetivos primordiais do crescimento. Dessa maneira o que podemos apontar como autonomia responsável de um adulto saudável, diz respeito à possibilidade do indivíduo estar no mundo a partir de suas próprias necessidades.



Contudo as primeiras impressões e noções que o homem em estado de dependência total (bebê) tem do mundo, lhe são dadas por outras pessoas; primeiramente os pais, e posteriormente a escola de maneira complementar. Portanto é necessário que estas relações ocorram no sentido de dar à criança possibilidades de discriminação entre si mesmo e os conceitos que vêm do meio. Só assim terá chance de se diferenciar como pessoa singular e desenvolver seu potencial criativo.



Muitas vezes, durante esse processo de discriminação, a criança é vista como rebelde, birrenta ou manhosa pela família por negar de maneira enfática o que vem do meio e não está de acordo com suas necessidades do momento. É um período às vezes difícil por ser permeado por confrontos, porém necessário para que a criança possa desenvolver a chamada “discriminação criativa” que a possibilita transformar e negociar com o meio em que vive.



O confronto, a negociação e a transformação são características fundamentais para a formação do indivíduo no sentido de dar suporte às inúmeras escolhas e demandas do mundo adulto.



Portanto é fundamental ao desenvolvimento saudável da criança que ela possa, dentro de suas limitações de escolha, tomar decisões e solucionar problemas, mesmo que isso lhe provoque algumas frustrações. Deixar a criança experimentar que em cada escolha reside a possibilidade de erro e a responsabilidade por suas consequências é permitir que ela cresça, amadureça e se torne um adulto feliz.











“ Através da fantasia podemos nos divertir junto com a criança, trazer à luz aquilo que é mantido oculto ou evitado, e saber o que se passa em sua vida através de sua própria perspectiva.”

Violet Oaklander – Gestalt Terapeuta.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Menopausa não é uma doença







A menopausa pode ser um período de muito sofrimento na vida de uma mulher, pois implica em uma série de mudanças físicas e psicológicas. Ela marca o fim da fertilidade e o começo do envelhecimento e traz consigo, muitos sintomas que podem ser bastante desagradáveis. Mas para tudo existe uma solução.

Quando ocorre a menopausa?

A menopausa propriamente dita, ocorre quando a mulher menstrua pela última vez e só é declarada quando a mulher está há mais de 12 meses sem menstruar. A idade que isso acontece, varia de mulher para mulher, mas geralmente ocorre entre 45 a 55 anos. Em algumas mulheres pode ocorrer mais cedo, entre 30 e 40 anos e é chamada de menopausa precoce.



Com a pausa definitiva das menstruações, a mulher pára de ovular e ocorre grande declínio nos hormônios estrogênio e progesterona. Com a queda na produção desses hormônios, boa parte da mulheres sofrem com os sintomas típicos, como ondas de calor, alterações no humor e ganho de peso.



Climatério significa a perda gradual dos hormônios e os sintomas que antecedem o fim das menstruações. O climatério começa na pré menopausa e vai até a menopausa propriamente dita.



Classificações da menopausa

Pré-menopausa : Nesse período, a mulher ainda é fértil e suas menstruações são regulares, mas em alguns casos, algumas mulheres já começam a sentir alguns sintomas leves.



Perimenopausa : Corresponde a cerca de 4 anos antes da menopausa. Nessa fase, os sintomas se agravam, devido a queda de produção hormonal. Em muitos casos, a menstruação já não é mais regular, ou seja, ocorrem em intervalos maiores ou menores, podendo ser intenso ou não. Podem ocorrer períodos (meses) sem menstruação. Começa a aparecer sintomas como ondas de calor e suores noturnos.



Menopausa : É quando ocorre a última menstruação propriamente dita. À partir desse momento, a mulher não pode mais engravidar.



Pós-menopausa : Implica desde a menopausa até o fim da vida. Os sintomas abrandam gradativamente e desaparecem.



Sintomas físicos e psicológicos da menopausa

■Ondas de calor (Fogachos)

■Suores noturnos

■Infecções urinárias

■Incontinência urinária

■Alterações no humor

■Sinais de depressão

■Ansiedade

■Ataques de pânico

■Irritabilidade

■Dor durante o sexo

■Secura vaginal

■Alergias, problemas de sinusite

■Pele seca e pruridos

■Diminuição da libido ou inexistente

■Distúrbios do sono, insônia

■Formigamento no corpo

■Aumento de peso, especialmente em torno da cintura

■Confusão mental, problemas de concentração

■Esquecimento e perda sensível da memória

■Chiado, problemas respiratórios, tosse

■Queda de cabelo e pêlos no corpo

■Palpitações, mudança na frequência cardíaca

■Tristeza sem motivo aparente

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Fritz Perls - O que é Gestalt???

Ninguém melhor do que ele para explicar...

Para quem nunca viu, para quem viu e não compreendeu, pra quem concorda, pra quem discorda, pra quem simplesmente deseja saborear....



sábado, 3 de setembro de 2011

A quem mais interessar....


Continuando os esclarecimentos sobre a Gestalt...




A História da Gestalt Terapia. - Uma Inquietação




Uma nova teoria, uma nova visão, novos conceitos, um novo olhar sobre algo, surge sempre de uma inquietação. Uma pessoa ou um grupo de pessoas em face de algo instituído e em não concordando ou em não se sentindo “confortável” com aquilo, procura formular hipóteses e buscar confirma-las, cria idéias, conceitos para que “aquilo” se torne mais de acordo com sua expectativa. É necessário contestar, é necessário um olhar crítico para que surjam novas teorias.



E assim foi também com a Gestalt e aquele que a criou – Fritz Perls. Em um dado momento o médico neuropsiquiatra e psicanalista discípulo de Freud, Fritz Perls, se viu tomado por uma inquietação – algo que, aliás, lhe era muito peculiar – e inspirou-se a escrever um artigo sobre “Resistências Orais” para ser apresentado no Congresso Internacional de Psicanálise em Praga. Era 1936 e um ansioso Fritz viu seu tão esperado encontro com Freud transformar-se numa grande frustração dada sua frieza. Seu trabalho apresentado neste congresso também não foi bem aceito por seus colegas.



A inquietação continuava. Perls e alguns colaboradores não estavam satisfeitos com a forma como a psicanálise encarava os homens e suas questões. Partindo daí eles mergulharam profundamente em um novo universo em busca de embasamento para comprovar que homem e meio não poderiam ser vistos de maneira distinta.



Em 1940 Perls publica o livro”Ego, Fome e Agressão” onde se via claramente a influência do holismo e a citação do nome de Jan Smuts. Deste momento em diante, para formular – ou redescobrir - sua teoria Perls passeou pelos campos da Teoria Organísmica de Goldstein, Teoria de Campo de Kurt Lewin, da Psicologia da Gestalt e do já citado Holismo de Smuts.



Da Teoria Organísmica de Kurt Goldstein, Perls pegou a idéia de organismo total, ou seja, homem e meio em co-existência; organismo compreendido como sistema que busca constantemente o equilíbrio de maneira dinâmica. O organismo tem a capacidade de se auto-regular para responder da maneira mais satisfatória possível às demandas do meio, bem como suas necessidades internas.



Dos estudos de Kurt Lewin sobre a Teoria do Campo, podemos ver que a Gestalt Terapia utilizou a base do conceito de campo, os conceitos de contato e fronteiras de contato trazendo maior destaque para o papel do contexto no entendimento dos processos psíquicos. Importante ressaltar que a influência que o sujeito exerce sobre o meio é recíproca; um modifica o outro concomitantemente. Outro fator retirado da Teoria de Campo de Lewin foi a noção de contemporaneidade segundo a qual nem fatos passados nem futuros podem servir como explicação para situações presentes; o campo psicológico do sujeito seria composto pela expectativa do futuro e pelas lembranças do passado vividas no momento presente.



Já as contribuições vindas da Psicologia da Gestalt que se desenvolveu inicialmente através do estudo das percepções pelo método fenomenológico, foram muito relevantes. A noção de que o todo não é igual a soma de suas partes, a noção de figura e fundo e pregnância são alguns dos conceitos utilizados por Perls na estruturação de sua teoria.



O Holismo de Jan Smuts, como já falado anteriormente, teve uma forte influência no pensamento de Perls, sendo esta teoria definida por seu autor como uma “tendência sintética do universo de evoluir através de todos”.O termo awarness largamente empregado por Perls, foi primeiramente postulado por Smuts como a capacidade que o sujeito tem de se auto-conscientizar pelo desenvolvimento de suas funções mentais propiciando então poder de liberdade e controle sobre seus atos.



Perls afirmava que a Gestalt Terapia deveria ser entendida como uma visão de mundo e, assim como Smuts acreditava que só através da liberdade o homem poderia se libertar de “uma cadeia de determinações causais” e tomar para si as rédeas de sua vida, ou seja, mudar efetivamente sua vida de maneira consciente e auto-regulativa.



Como estamos vendo muitas foram as influências de Perls para a formação da teoria da Gestalt Terapia. E não pára por aí; a base filosófica na fenomenologia de Hurssel e no existencialismo de Sartre e Merleau Ponty, a inspiração na filosofia oriental (Zen) que experimentou em uma de suas viagens completam o pensamento deste homem que em 1951, com a contribuição de Ralf Hefferline e Paul Goodman, lança oficialmente o primeiro livro chamado”Gestalt Therapy” marcando assim o início de uma nova jornada.



A Gestalt Terapia, nome escolhido após inúmeras discussões sobre o tema e que não conseguiu agradar a todos envolvidos na época, começa a se desenvolver de maneira mais concreta nos EUA com a criação de institutos e a contribuição de vários terapeutas que ajudaram “emprestando” suas idéias e técnicas. Fato que ocorreu através das viagens feitas por Fritz dentro dos EUA a fim de difundir a Gestalt.



Por volta de 1964 Fritz instalou-se em Esalen, uma propriedade na costa da Califórnia, e fez dali seu lugar para ensinar e experienciar a Gestalt, que teve seu ápice coincidindo historicamente com o movimento de 68, atraindo os olhares e ouvidos do mundo e de vários especialistas em diversas áreas que encontraram ali um terreno fértil para o desenvolvimento e aprimoramento de suas idéias e técnicas.



Daí, paulatinamente, as idéias de Fritz foram ganhando o mundo e o rebelde e inquieto, finalmente pode vê-las repetidas e respeitadas por todos.



Aquilo que para alguns críticos não passaria de uma colcha de retalhos se tornou uma teoria coesa, respeitada e difundida por todo o lado, vista como uma espécie de filosofia de vida que vê cada homem de maneira original em sua profunda interação com o meio em que vive. Uma prova consistente de que o todo é muito mais do que a soma de suas partes.






Referências Bibliográficas:

Ginger, Serge – Uma Terapia do Contato – Summus, 1995.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Um pouco mais sobre mim....

Em determinando momento de minha vida fiz a opção pela Gestalt Terapia e sei que até hoje a maioria das pessoas sabe muito pouco sobre essa linha teórica da Psicologia.  Há muitas controvérsias (quase mitos) sobre a atuação do gestalt terapeuta.
Mas afinal de contas o que é a Gestalt? De onde ela vem?
Esclarecendo........



Gestalt e Filosofia




Desde os primórdios do homem enquanto ser pensante existem os questionamentos acerca da vida, morte, Deus e deuses, sobre o conhecimento e a essência das coisas; como conhecer, como saber o que é a verdade da existência humana.



O “espanto” inicial do homem faz com que ele duvide daquilo que vê e questione sua realidade.



Começando com Platão e o “mito da caverna” que postula que a verdade está no mundo das idéias e o que vemos são apenas sombras do que lá está (mundo sensível), o pensamento filosófico vem se transformando durante os tempos, privilegiando sempre o intelecto em detrimento do querer.



Até que em dado momento da história surge um pensador que muda a concepção de mundo, natureza e existência através da introdução de um novo conceito: a Vontade de Vida. O princípio do mundo não é o entendimento ou a razão, mas o irracional, cego e inconsciente; o que há de mais íntimo no mundo.



Essa mudança crucial no pensamento do homem vem através do pensamento de Schopenhauer, filósofo alemão nascido em 1788, cuja obra magna se chama “O Mundo como Vontade e Representação”.



Nesse tratado o mundo que se pensa é visto apenas como uma parte; sua outra parte complementar é algo que não se pode pensar, apenas sentir; é a vontade que se apresenta como manifestação da natureza, uma essência fundamental. A razão ficaria apenas no patamar de justificativa para o homem realizar o que quer.



O questionamento inicial é: O que o mundo é que não pode ser pensado? O que é real daquilo que eu percebo? Nesse momento o corpo passa a ser objeto de questão filosófica e se manifesta de uma maneira que não se pode descrever racionalmente; manifesta-se através da vontade. Nesta idéia esta inclusa um pessimismo evidente com relação ao viver, que se expressa na condição finita do homem – um ser transitório e que vai morrer.



Schopenhauer vê também o mundo como representação da realidade, como fenômeno. Quando afirma que o mundo é representação de quem representa, deixa claro que os objetos não existem, mas sim o sujeito que experimenta aquele objeto através de sua sensibilidade.



Em última análise o mundo seria um entrelaçar de representações, fenômenos; uma conclusão do entendimento. Talvez aí possamos ver uma sombra daquilo que seria uma das bases filosóficas da Gestalt Terapia que é a Fenomenologia de Hurssel e posteriormente Heidegger.



Porém há algo mais, algo que é o que realmente distingue homens de animais, algo para além do entendimento: a razão, que tem como função trabalhar as representações do entendimento criando os conceitos. Contudo, para este filósofo, esta faculdade cognitiva é secundária, ela está subordinada às intuições. Pensar – razão + entendimento – seria para o homem apenas um mecanismo de sobrevivência; o essencial está resumido à Vontade como coisa-em –si.



De todo esse pensamento, essa maneira nova de ver o mundo, abre-se um amplo horizonte onde pensar no contraponto entre vontade e a realidade vivida e expressa, alimenta mentes como a de Freud, por exemplo, que revolucionou a psicologia e a forma de se tratar àqueles que se encontravam “psiquicamente doentes”.



É fato notório que F. Perls, considerado pai da Gestalt Terapia, e discípulo de Freud em princípio, discordou veementemente de seus métodos e de parte de sua teoria desenvolvendo uma outra que privilegia o “como” em face do “porquê” de Freud. Mas esse conceito de vontade, de que o mundo não é apenas o racional, mas também o sentido, está presente em toda a psicologia contemporânea independente de linha teórica.



Quando F. Perls afirma que quanto mais o indivíduo tenta viver de acordo com idéias pré-concebidas de como o mundo deveria ser, mais ele se afasta de seus próprios sentimentos e necessidades, ele fala também do contraponto entre o racional e a vontade de vida, ele fala da dor que provoca esta distância que se consuma no bloqueio de potencial e na distorção de perspectiva.



Parece-me que de certa forma Schopenhauer via isto como realidade irrefutável e imutável. Daí o seu pessimismo com relação à vida que pode ser bem retratado em uma frase: “A vida oscila como um pêndulo entre a dor e o tédio”.



Mas aqui não se vê a Vontade de vida como um impulso que joga o homem no confronto direto entre seus desejos inconscientes e a possibilidade interna ou externa de realiza-los, mas sim como a genuína auto-realização através de suas potencialidades.



A possibilidade de o homem entrar em contato com aquilo que realmente é, vai de encontro com os conceitos que por muitas vezes são confundidos com seu potencial, e quando isso ocorre passamos a responder a “deverias” construindo um ideal imaginário, desempenhando papéis e afastando-nos cada vez mais daquilo que realmente somos; justificando-nos. E aí está o sofrimento.



Schopenhauer afirma que só se pode afastar-se deste sofrimento pela contemplação do belo e que essa seria uma experiência próxima ao Nirvana, mas F. Perls, através da Gestalt Terapia coloca a possibilidade real de se viver, através do entrar em contato com suas necessidades partindo da premissa de que o homem tende sempre a procurar supri-las, de se conscientizar de seu potencial.



“Aquele que se auto-realiza, espera o possível. Aquele que quer realizar um conceito, tenta o impossível”.



Referências bibliográficas:

Barboza, Jair – Schopenhauer – Jorge Zahar ed, 2003.

Perls, Fritz & cols. – Isto é Gestalt – Summus ed., 1977.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sobre a Depressão








Comumente usamos o termo “Depressão” para definir nosso estado de espírito. Quando estamos tristes, desanimados é normal que digamos que estamos deprimidos. Porém Depressão pode ser mais do que isto; pode demandar tratamento psiquiátrico, psicoterapia e também, dieta balanceada.

A pessoa deprimida pode, por eventos que para os outros são chatos, aborrecidos, porém corriqueiros, cair num abismo de tristeza sem fim. Tratar alguém deprimido é lidar com uma pessoa com baixa auto-estima, falta de esperança e estímulo pra vida; alguém que se isola de seu meio, de seus familiares e tem constantes pensamentos de morte, além de outros tantos sintomas. O curioso é notar que a pessoa deprimida nem sempre é apática ou quieta demais. A Depressão pode causar também grande agitação psicomotora e irritabilidade. É um quadro bastante difícil, não só para quem está passando por ele, como também para as pessoas de seu relacionamento, que por muitas vezes julgam aquele comportamento como frescura e acham que uma “injeção de ânimo” vai resolver o caso.

Existem vários níveis nos quais a depressão pode se manifestar, desde os mais leves até aqueles que precisam de constante vigilância. Mas a novidade pra mim é que a alimentação pode também ajudar nessa luta.

Vale a pena listar alguns sintomas e ler atentamente o texto abaixo da nutricionista Alexandra Marinho.

Alguns sintomas da Depressão:



• Pessimismo

• Dificuldade de tomar decisões

• Dificuldade para começar a fazer suas tarefas

• Irritabilidade ou impaciência

• Inquietação

• Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer

• Chorar à-toa

• Dificuldade para chorar

• Sensação de que nunca vai melhorar; desesperança...

• Dificuldade de terminar as coisas que começou

• Sentimento de pena de si mesmo

• Persistência de pensamentos negativos

• Queixas freqüentes

• Sentimentos de culpa injustificáveis

• Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual







DEPRESSÃO

(Por Alexandra Marinho – Nutricionista Funcional )



A depressão é hoje uma doença que mais aumenta em todo mundo. Na visão da nutrição funcional, o aumento na produção de serotonina é uma das armas mais eficazes contra este mal. Neste aspecto, devemos estimular o consumo de alimentos fontes ou mesmo suplementar triptofano, com seus cofatores, especialmente B6, B9, B12, magnésio, ácido fólico e vitamina C. Além de estimular a produção, podemos também reduzir a concorrência de nutrientes que dificultam a sua formação, aumentando o consumo de carboidratos complexos integrais, como um arroz integral, macarrão integral, quinua em flocos ou grão, aveia em flocos, entre outros. Outro aspecto fundamental é aumentar a atividade dos receptores para serotonina nos neurônios, que fazemos com cromo, especialmente encontrado em grãos integrais, levedo de cerveja, cogumelo, aspargo, ameixa e nozes. É importante ressaltar que 70% da nossa serotonina é formada no intestino, por tanto, este órgão deve estar 100% funcionante. Outro ponto fundamental é a participação dos ácidos graxos ômega-3, pois a presença destes nas membranas lipídicas neuronais melhora a transmissão nervosa e a transmissão dos impulsos elétricos pela eficiente troca de íons. As melhores fontes de ômega-3 são linhaça, peixes (salmão, sardinha e atum) e crustáceos. Outro alimento bastante valorizado é o cacau, mostrando melhora no humor, estimulo a liberação de endorfinas e elevação da disposição mental; pode-se consumir cacau em pó, preferencialmente orgânico, ou mesmo chocolate amargo 70% cacau. Reduzir o máximo possível consumo de açúcar, cafeína e gorduras trans (leite integral, carnes, biscoitos, margarinas, pipoca de microondas, entre outros). Em casos graves, todos os nutrientes aqui citados podem ser suplementados, dando prioridade a suplementação de ômega 3, pois os peixes que teriam essa substância geralmente são criados em cativeiro, comem ração, o que dificulta muito terem ômega 3 na sua estrutura. Seria interessante se pudéssemos adquirir os peixes em alto mar, mas como isso nem sempre é possível, suplementar é uma boa solução.